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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

                                      Boas vindas ao novo ano que se anuncia.
frases de final de ano 
FELIZ 2013

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O verdadeiro significado do Natal…


O Natal surge como o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus, sendo actualmente uma das festas católicas mais importantes.
Inicialmente, a Igreja Católica não comemorava o Natal. Foi em meados do século IV d.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.
Uma das explicações para a escolha do dia 25 de Dezembro como sendo o dia de Natal prende-se como facto de esta data coincidir com a Saturnália dos romanos e com as festas germânicas e célticas do Solstício de Inverno, sendo todas estas festividades pagãs, a Igreja viu aqui uma oportunidade de cristianizar a data, colocando em segundo plano a sua conotação pagã. Algumas zonas optaram por festejar o acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus Cristo.
O Natal é, assim, dedicado pelos cristãos a Cristo, que é o verdadeiro Sol de Justiça  e transformou-se numa das festividades centrais da Igreja, equiparada desde cedo à Páscoa.
Apesar de ser uma festa cristã, o Natal, com o passar do tempo, converteu-se numa festa familiar com tradições pagãs, em parte germânicas e em parte romanas.
Sob influência franciscana, espalhou-se, a partir de 1233, o costume de, em toda a cristandade, se construírem presépios, já que estes reconstituíam a cena do nascimento de Jesus. A árvore de Natal surge no século XVI, sendo enfeitada com luzes símbolo de Cristo, Luz do Mundo. Uma outra tradição de Natal é a troca de presentes, que são dados pelo Pai Natal ou pelo Menino Jesus, dependendo da tradição de cada país.
Apesar de todas estas tradições serem importantes (o Natal já nem pareceria Natal se não as cumpríssemos), a verdade é que não nos podemos esquecer que o verdadeiro significado de Natal prende-se com o nascimento de Cristo, que veio ao Mundo com um único propósito: o de justificar os nossos pecados através da sua própria morte. Nesses tempos, sempre que alguém pecava e desejava obter o perdão divino, oferecia um cordeiro em forma de sacrifício. Então, Deus enviou Jesus Cristo que, como um cordeiro sem pecados, veio ao mundo para limpar os pecados de toda a Humanidade através da Sua morte, para que um dia possamos alcançar a vida eterna, por intermédio Dele, Cristo, Filho de Deus.
Assim, não se esqueçam que o Natal não se resume a bonitas decorações e a presentes, pois a sua essência é o festejo do nascimento Daquele que deu a Sua vida por nós, Jesus Cristo.
Feliz Natal!!UM ÓTIMO E ABENÇOADO 2013♥♥♥♥♥

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PARA TODOS AMIGOS E SEGUIDORES DESTE BLOG


SÃO MEUS SINCEROS VOTOS DE FELICIDADES E MUITAS REALIZAÇÕES
E QUE 2013 VENHA COM MUITA PAZ E AS BÊNÇÃOS DO NOSSO DEUS!!!
CARINHOSAMENTE TIA RITINHA!!!

domingo, 16 de dezembro de 2012



João Grilo foi um cristão
que nasceu antes do dia
criou-se sem formosura
mas tinha sabedoria
e morreu depois da hora
pelas artes que fazia.

E nasceu de sete meses
chorou no bucho da mãe
quando ela pegou um gato
ele gritou: não me arranhe
não jogue neste animal
que talvez você não ganhe.

Na noite que João nasceu
houve um eclipse na lua
e detonou um vulcão
que ainda continua
naquela noite correu
um lobisomem na rua.

Porém João Grilo criou-se
pequeno, magro e sambudo
as pernas tortas e finas
e boca grande e beiçudo
no sítio onde morava
dava notícia de tudo.

João perdeu o seu pai
com sete anos de idade
morava perto de um rio
Ia pescar toda tarde
um dia fez uma cena
que admirou a cidade.

O rio estava de nado
vinha um vaqueiro de fora
perguntou: dará passagem?
João Grilo disse: inda agora
o gadinho do meu pai
passou com o lombo de fora.

O vaqueiro bota o cavalo
com uma braça deu nado
foi sair já muito embaixo
quase que morre afogado
voltou e disse ao menino:
você é um desgraçado.

João Grilo foi ver o gado
pra provar aquele ato
veio trazendo na frente
um bom rebanho de pato
os pássaros passaram n’água
João provou que era exato.

Um dia a mãe de João Grilo
foi buscar água à tardinha
deixando João Grilo em casa
e quando deu fé, lá vinha
um padre pedindo água
nessa ocasião não tinha.

João disse; só tem garapa;
disse o padre; donde é?
João Grilo lhe respondeu;
é do engenho catolé;
disse o padre: pois eu quero;
João levou uma coité.

O padre bebeu e disse:
oh! que garapa boa!
João Grilo disse: quer mais?
o padre disse: e a patroa
não brigará com você?
João disse: tem uma canoa.

João trouxe uma coité
naquele mesmo momento
disse ao padre: beba mais
não precisa acanhamento
na garapa tinha um rato
tava podre e fedorento.

O padre disse: menino
tenha mais educação
e por que não me disseste?
oh! natureza do cão!
pegou a dita coité
arrebentou-a no chão.

João Grilo disse: danou-se!
misericórdia, São Bento!
com isto mamãe se dana
me pague mil e quinhentos
essa coité, seu vigário,
é de mamãe mijar dentro!

O padre deu uma popa
disse para o sacristão:
esse menino é o diabo
em figura de cristão!
meteu o dedo na goela
quase vomita um pulmão.

João Grilo ficou sorrindo
pela cilada que fez
dizendo: vou confessar-me
no dia sete do mês
ele nunca confessou-se
foi essa a primeira vez.

João Grilo tinha um costume
pra toda parte que ia
era alegre e satisfeito
no convívio de alegria
João Grilo fazia graça
que todo mundo sorria.

Num dia de sexta-feira
às cinco horas da tarde
João Grilo disse: hoje à noite
eu assombro aquele padre
se ele não perdoar-me
na igreja há novidade.

pegou uma lagartixa
amarrou pelo gogó
botou-a numa caixinha
no bolso do paletó
foi confessar-se João Grilo
com paciência de Jó.

Às sete horas da noite
foi ao confessionário
fez logo o pelo sinal
posto nos pés do vigário
o padre disse: acuse-se;
João disse o necessário.

Eu sou aquele menino
da garapa e do coité;
o padre disse: levante-se
que já sei você quem é;
João tirou a lagartixa
Soltou-a junto do pé.

A lagartixa subiu
por debaixo da batina
entrou na perna da calça
tornou-se feia a buzina
o padre meteu os pés
arrebentou a cortina.

Jogou a batina fora
naquela grande fadiga
a lagartixa cascuda
arranhando na barriga
João Grilo de lá gritava:
Seu padre, Deus lhe castiga!

O padre impaciente
naquele turututu
saltava pra todo lado
que parecia um timbu
terminou tirando as calças
ficou o esqueleto nu.

João disse: padre é homem
pensei que fosse mulher
anda vestido de saia
não casa porque não quer
isso é que é ser caviloso
cara de matar bebê.

O padre disse João Grilo
vai-te daqui infeliz!
João Grilo disse bravo
ao vigário da matriz:
é assim que ele me paga
o benefício que fiz?

João Grilo foi embora
o padre ficou zangado
João Grilo disse: ora sebo
eu não aliso croado
vou vingar-me duma raiva
que eu tive ano passado.

No subúrbio da cidade
morava um português
vivia de vender ovos
justamente nesse mês
denunciou de João Grilo
pelas artes que ele fez.

João encontrou o português
com a égua carregada
com duas caixas de ovos
João disse-lhe: oh camarada
quero dizer à tua égua
Uma pequena charada.

o português disse: diga;
João chegou bem no ouvido
com a ponta do cigarro
soltou-a dentro escondido
a égua meteu os pés
foi temeroso estampido.

derrubou o português
foi ovos pra todo lado
arrebentou a cangalha
ficou o chão ensopado
o português levantou-se
tristonho e todo melado.

O português perguntou
que foi que tu disseste
que causou tanto desgosto
a este animal agreste?
- Eu disse que a mãe morreu;
o português respondeu:
Oh égua besta da peste!

João Grilo foi à escola
com sete anos de idade
com dez anos ele saiu
por espontânea vontade
todos perdiam pra ele
outro Grilo como aquele
perdeu-se a propriedade.

João Grilo em qualquer escola
chamava o povo atenção
passava quinau nos mestres
nunca faltou com a lição
era um tipo inteligente
no futuro e no presente
João dava interpretação.

um dia perguntou ao mestre:
o que é que Deus não vê
o homem vê a qualquer hora
disse ele: não pode ser
pois Deus vê tudo no mundo
em menos de um segundo
de tudo pode saber.

João Grilo disse: qual nada
que dê os elementos seus?
abra os olhos, mestre velho
que vou lhe mostrar os meus
seus estudos se consomem
um homem vê outro homem
só Deus não vê outro Deus.

João Grilo disse: seu mestre
me diga como se chama
a mãe de todas as mães
tenha cuidado no drama
o mestre coça a cabeça
disse: antes que me esqueça
vou resolver o programa.

- A mãe de todas as mães
é Maria Concebida;
João Grilo disse: eu protesto
antes dela ser nascida
já esta mãe existia
não foi a Virgem Maria
oh! que resposta perdida.

João Grilo disse depois
num bonito português;
a mãe de todas as mães
já disse e digo outra vez
como a escritura ensina
é a natureza divina
que tudo criou e fez.

- Me responde, professor
entre grandes e pequenos
quero que fique notável
por todos nossos terrenos
responda com rapidez
como se chama o mês
que a mulher fala menos?

Este mês eu não conheço
quem fez esta tabuada?
João Grilo lhe respondeu:
ora sebo, camarada
pra mim perdeu o valor
tem nome de professor
mas não conhece de nada.

- Este mês é fevereiro
por todos bem conhecido
só tem vinte e oito dias
o tempo mais resumido
entre grandes e pequenos
é o que a mulher fala menos
mestre, você tá perdido.

- Seu professor, me responda
se algum tempo estudou
quem serviu a Jesus Cristo
morreu e não se salvou
no dia em que ele morreu
seu corpo urubu comeu
e ninguém o sepultou?

- Não conheço quem é esse
porque nunca vi escrito;
João Grilo lhe respondeu:
foi o jumento, está dito
que a Jesus Cristo servia
na noite em que ele fugia
de Belém para o Egito.

João Grilo olhou para o lado
disse para o diretor
este mestre é um quadrado
fique sabendo o senhor
sem dúvida exame não fez
o aluno desta vez
ensinou ao professor.

João Grilo foi para casa
encontrou sua mãe chorando
ele então disse: mamãe
não está ouvindo eu cantando?
não chore, cante mais antes
pois o seu filho garante
pra isso vive estudando .

A mãe de João Grilo disse:
choro por necessidade
sou uma pobre viúva
e tu de menor idade
até da escola saíste…
João disse: ainda existe
o mesmo Deus de bondade.

- A senhora pensa em carne
de vinte mil réis o quilo
ou talvez no meu destino
que à força hei de segui-lo
não chore, fique bem certa
a senhora só se aperta
quando matarem João Grilo.

João então chegou no rio
às cinco horas da tarde
passou até nove horas
porém inda foi debalde
na noite triste e sombria
João Grilo sem companhia
voltava sem novidade.

Chegando dentro da mata
ouviu lá dentro um gemido
dois lobos devoradores
o caminho interrompido
e trepou-se num pinheiro
como era forasteiro
ficou ali escondido.

Os lobos foram embora
e João não quis descer
disse: eu dormirei aqui
suceda o que suceder
eu hoje imito arapuan
só vou embora amanhã
quando o dia amanhecer.

O Grilo ficou trepado
temendo lobos e leões
pensando na fatal sorte
e recordando as lições
que na escola estudou
quando de súbito chegou
uns quatro ou cinco ladrões.

Eram uns ladrões de Meca
que roubavam no Egito
se ocultavam na mata
naquele bosque esquisito
pois cada um de per si
que vinha juntar-se ali
pra ver quem era perito.

O capitão dos ladrões
disse: não fala ninguém?
um respondeu; não senhor
disse ele: muito bem
cuidado não roubem vã
vamos juntar-nos amanhã
na capela de Belém.

Lá partiremos o dinheiro
pois aqui tudo é graúdo
temos um roubo a fazer
desde ontem que estudo
mas já estou preparado;
e o Grilo lá trepado
calado escutando tudo.

Os ladrões foram embora
depois da conversação
João Grilo ficou ciente
dizendo a seu coração:
se Deus ajudar a mim
acabou-se o tempo ruim
sou eu quem ganho a questão.

João Grilo desceu da árvore
quando o dia amanheceu
mas quando chegou em casa
não contou o que se deu
furtou um roupão de malha
vestiu, fez uma mortalha
lá no mato se escondeu.

À noite foi pra capela
por detrás da sacristia
vestiu-se com a mortalha
pois na capela jazia
sempre com a porta aberta
João pensou na certa
colher o que pretendia.

Deitou-se lá num caixão
que enterravam defunto
João Grilo disse: eu aqui
vou ganhar um bom presunto;
os ladrões foram chegando
e João Grilo observando
sem pensar em outro assunto.

Acenderam um farol
penduraram numa cruz
foram contar o dinheiro
no claro deu uma luz
João Grilo de lá gritou:
esperem por mim que eu vou
com as ordens de Jesus!

Os ladrões dali fugiram
quando viram a alma em pé
João Grilo ficou com tudo
disse: já sei como é nada
no mundo me atrasa
agora vou para casa
tomar um rico café.

Chegou e disse: mamãe
morreu nossa precisão
o ladrão que rouba outro
tem cem anos de perdão;
contou o que tinha feito
disse a velha: está direito
vamos fazer refeição.

Bartolomeu do Egito
foi um rei de opinião
mandou convidar João Grilo
pra uma adivinhação
João Grilo disse: eu vou;
no outro dia embarcou
para saudar o sultão.

João Grilo chegou na corte
cumprimentou o sultão
disse: pronto, senhor rei
(deu-lhe um aperto de mão)
com calma e maneira doce
o sultão admirou-se
da sua disposição.

O sultão pergunta ao Grilo;
de onde você saiu?
aonde você nasceu?
João fitou ele e sorriu
- Sou deste mundo d’agora
nasci na ditosa hora
em que minha mãe me pariu.

- João Grilo, tu adivinha?
o Grilo respondeu: não
eu digo algumas coisas
conforme a ocasião
quem canta de graça é galo
cangalha só pra cavalo
e seca só no sertão.

_ Eu tenho doze perguntas
pra você me responder
no prazo de 15 dias
escute o que vou dizer
veja lá como se arruma
é bastante faltar uma
tá condenado a morrer.

João Grilo disse: estou pronto
pode dizer a primeira
se acaso sair-me bem
venha a segunda e a terceira
venha a quarta e a quinta
talvez o Grilo não minta
diga até a derradeira.

Perguntou: qual o animal
que mostra mais rapidez
que anda de quatro pés
de manhã por sua vez
ao meio-dia com dois
passando disto depois
à tarde anda com três?

O Grilo disse: é o homem
que se arrasta pelo chão
no tempo que engatinha
depois toma posição
anda em pé e bem seguro
mas quando fica maduro
faz três pés com o bastão.

O sultão maravilhou-se
com sua resposta linda
João disse: pergunte outra
vou ver se respondo ainda;
a segunda o sultão fez
João Grilo daquela vez
celebrizou sua vinda.

- Grilo você me responda
em termos bem divididos
uma cova bem cavada
doze mortos estendidos
e todos mortos falando
cinco vivos passeando
trabalham com três sentidos.

- Esta cova é a viola
com primo, baixo e bordão
mortas são as doze cordas
quando canta um cidadão
canta, toca, faz um verso
cinco vivos num progresso
os cinco dedos da mão.

Houve uma salva de palmas
com vivas que retumbou
o sultão ficou suspenso
seu viva também bradou
e depois pediu silêncio
com outro desejo imenso
a terceira perguntou.

- João Grilo, qual é a coisa
que eu mandei carregar
primeiro dia e segundo
no terceiro fui olhar
quase dá-me a tiririca
se tirar, mais grande fica
não míngua, faz aumentar?

- Senhor rei, sua pergunta
parece me fazer guerra
um Grilo não tem saber
criado dentro da serra
mas digo pra quem conhece
o que tirando mais cresce
é um buraco na terra.

João Grilo vou terminar
as perguntas do tratado
o Grilo disse; pergunte
quero ficar descansado
disse o rei: é muito exato
o que é que vem do alto
cai em pé, corre deitado?

- Aquele que cai em pé
e sai correndo pelo chão
será uma grande chuva
nos barros de um sertão;
o rei disse: muito bem
no mundo inteiro não tem
outro Grilo como João.

- João Grilo, você bebe?
João disse: bebo um pouquinho
e disse; eu não sou filho
de Baco que fez o vinho
o meu pai morreu bebendo
e eu o que estou fazendo?
sigo no mesmo caminho.

O rei disse: João Grilo
beber é cousa ruim;
o Grilo respondeu: qual
o meu pai dizia assim:
na casa de seu Henrique
zelam bem um alambique
melhor do que um jardim.

O rei disse: João Grilo
tua fama é um estrondo
João Grilo disse: eu sabendo
o que perguntar respondo;
disse o rei enfurecido;
o que tem o pé comprido
e faz o rastro redondo?

- Senhor rei, tenho lembrança
do tempo da minha avó
que ela tinha um compasso
na caixa do bororó
como este eu também ando
fazendo o rastro redondo
andando com uma perna só.

- João, qual é o bicho
que passa pela campina
a qualquer hora da noite
andando de lamparina?
é um pequeno animal
tem luz artificial;
veja o que determina.

- Esse bicho eu já vi
pois eu tinha de costume
de brincar sempre com ele
minha mãe tinha ciúme
ele andava pelo campo
uns chamavam pirilampo
e outros de vagalume.

O rei já tinha esgotado
a sua imaginação
não achou uma pergunta
que interrompesse a João
disse: me responda agora
qual é o olho que chora
sem haver consolação?

O Grilo então respondeu:
lá muito perto da gente
tem um outeiro importante
um mocó muito doente
suas lágrimas têm paladar
quem não deixa de chorar
é olho d’água de vertente.

o rei inventou um truque
do jeito que lhe convinha
- Vou arrumar uma cilada
ver se João adivinha;
mandou vir um alçapão
fez outra adivinhação
escondeu uma bacurinha.

- João, o que é que tem
dentro desse alçapão?
se não disser o que é
é morto não tem perdão;
João Grilo lhe respondeu:
quem mata um como eu
não tem dó no coração.

João lhe disse: esse objeto
nem é manso nem é brabo
nem é grande nem pequeno
nem é santo nem é diabo
bem que mamãe me dizia
que eu ainda caía
onde a porca torce o rabo.

Trouxeram uma bandeja
ornada com muitas flores
dentro dela uma latinha
cheia de muitos fulgores
o rei lhe disse: João Grilo
é este o último estrilo
que rebenta tuas dores.

João Grilo desta vez
passou na última estica
adivinhar uma coisa
nojenta que se pratica
fugir da sorte mesquinha
pois dentro da lata tinha
um pouquinho de titica.

O rei disse: João Grilo
veja se escapa da morte;
o que tem nessa latinha?
responda se tiver sorte;
toda aquela populaça
queria ver a desgraça
do Grilo franzino e forte.

Minha mãe profetizou
que o futuro é minha perda
“Dessas adivinhações
brevemente você herda;”
faz de conta que já vi
como está hoje aqui
parece que dá em merda.

O rei achou muita graça
nada teve o que fazer
João Grilo ficou na corte
com regozijo e prazer
gozando um bom paladar
foi comer sem trabalhar
desta data até morrer.

E todas as questões do reino
era João que deslindava
qualquer pergunta difícil
ele sempre decifrava
julgamentos delicados
problemas muito enrascados
era João que desmanchava.

Certa vez chegou na corte
um mendigo esfarrapado
com uma mochila nas costas
dois guardas de cada lado
seu rosto cheio de mágoa
os olhos vertendo água
fazia pena o coitado.

Junto dele estava um duque
que veio denunciar
dizendo que o mendigo
na prisão ia morar
por não pagar a despesa
que fizera com afoiteza
sem ninguém lhe convidar.

João Grilo disse ao mendigo:
e como é, pobretão
que se faz uma despesa
sem ter no bolso um tostão?
me conte todo o passado
depois de ter-lhe escutado
lhe darei razão ou não.

Disse o mendigo: sou pobre
e fui pedir uma esmola
na casa do senhor duque
e levei minha sacola
quando cheguei na cozinha
vi cozinhando galinha
numa grande caçarola.

- Como a comida cheirava
eu tive apetite nela
tirei um taco de pão
e marchei pro lado dela
e sem pensar na desgraça
botei o pão na fumaça
que saía da panela.

- O cozinheiro zangou-se
chamou logo seu senhor
dizendo que eu roubara
da comida seu sabor
só por eu ter colocado
um taco de pão mirrado
aproveitando o vapor.

- Por isso fui obrigado
a pagar esta quantia
como não tive dinheiro
o duque por tirania
mandou trazer-me escoltado
pra depois de ser julgado
ser posto na enxovia.

João Grilo disse: está bom
não precisa mais falar;
então pergunto ao duque:
quanto o homem vai pagar?
- Cinco coroas de prata
ou paga ou vai pra chibata
não lhe deve perdoar.

João Grilo tirou do bolso
a importância cobrada
na mochila do mendigo
deixou-a depositada
e disse para o mendigo:
balance a mochila, amigo
pro duque ouvir a zoada.

O mendigo sem demora
fez como o Grilo mandou
pegou sua mochilinha
com a prata balançou
sem compreender o truque
bem no ouvido do duque
o dinheiro tilintou.

Disse o duque enfurecido:
mas não recebi o meu;
diz o Grilo: sim senhor
e isto foi o que valeu
deixe de ser batoteiro
o tinido do dinheiro
o senhor já recebeu.

- Você diz que o mendigo
por ter provado o vapor
foi mesmo que ter comido
seu manjar e seu sabor
pois também é verdadeiro
que o tinir do dinheiro
represente seu valor.

Virou-se para o mendigo
e disse: estás perdoado
leva o dinheiro que dei-te
vai pra casa descansado;
o duque olhou para o Grilo
depois de dar um estrilo
saiu por ali danado.

A fama então de João Grilo
foi de nação em nação,
por sua sabedoria
e por seu bom coração
sem ser por ele esperado
um dia foi convidado
pra visitar um sultão.

O rei daquele país
quis o reino embandeirado
pra receber a visita
do ilustre convidado
o castelo estava em flores
cheios de grandes fulgores
ricamente engalanado.

As damas da alta corte
trajavam decentemente
toda corte imperial
esperava impaciente
ou por isso ou por aquilo
para conhecer João Grilo
figura tão eminente.

Afinal chegou João Grilo
no reinado do sultão
quando ele entrou na corte
foi grande decepção
de paletó remendado
sapato velho furado
nas costas um matulão.

O rei disse: não é ele
pois assim já é demais!
João Grilo pediu licença
mostrou-lhe as credenciais
embora o rei não gostasse
mandou que ele ocupasse
os aposentos reais.

Só se ouvia cochichos
que vinham de todo lado
as damas então diziam
é esse o homem falado?
duma pobreza tamanha
e ele nem se acanha
de ser nosso convidado!

Até os membros da corte
diziam num tom chocante:
pensava que o João Grilo
fosse um tipo elegante
mas nos manda um remendado
sem roupa esfarrapado
um maltrapilho ambulante.

E João Grilo ouvia tudo
mas sem dar demonstração
em toda a corte real
ninguém lhe dava atenção
por mostrar-se esmolambado
tinha sido desprezado
naquela rica nação.

Afinal veio um criado
e disse sem o fitar:
já preparei o banheiro
para o senhor se banhar
vista uma roupa minha
e depois vá na cozinha
na hora de almoçar.

João Grilo disse: está bem;
mas disse com seu botão:
roupas finas trouxe eu
dento do meu matulão
me apresentei rasgado
para ver nesse reinado
qual era a minha impressão.

João Grilo tomou um banho
vestiu uma roupa de gala
então muito bem vestido
apresentou-se na sala
ao ver seu traje tão belo
houve gente no castelo
que quase perdia a fala.

E então toda repulsa
transformou-se de repente
o rei chamou-o pra mesa
como homem competente
consigo dizia João:
na hora da refeição
vou ensinar essa gente.

O almoço foi servido
porém João não quis comer
despejou vinho na roupa
só para vê-lo escorrer
ante a corte estarrecida
encheu os bolsos de comida
para todo mundo ver.

O rei muito aborrecido
perguntou para João:
por qual motivo o senhor
não come da refeição?
respondeu João com maldade:
tenha calma, majestade
digo já toda a razão.

- Esta mesa tão repleta
de tanta comida boa
não foi posta para mim
um ente vulgar à toa;
desde a sobremesa à sopa
foram postas à minha roupa
e não à minha pessoa.

Os comensais se olharam
o rei pergunta espantado:
por que o senhor diz isto
estando tão bem tratado?
disse João: isso se explica
por estar de roupa rica
não sou mais esmolambado.

Eu estando esmolambado
ia comer na cozinha
mas como troquei de roupa
como junto da rainha
vejo nisto um grande ultraje
homenagem ao meu traje
e não à pessoa minha.

Toda corte imperial
pediu desculpa a João
e muito tempo falou-se
naquela dura lição
e todo mundo dizia
que sua sabedoria
igualava a Salomão.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

MEMÓRIAS LITERÁRIAS – 2º Lugar da Escola Municipal José Inácio de Carvalho
Eu Avanis, vivia em um Sítio, era muito simples, poucas pessoas, poucas casas. Sofri muito. Não tinha energia, era só lamparina, a água tirava em um cacimbão e carregava na cabeça, só andava a pé léguas e léguas... quando a gente adoecia levava em uma rede do sítio até à cidade porque não tinha transporte. Só pegava em um dinheirinho pra comprar roupa ou alguma coisa de ano em ano quando tirava a safra do algodão. Para colher a agricultura tinha que ser nas costas de um animal. Para lavar a roupa tinha que ir para um açude a um quilômetro de distância, passava o dia todo no açude esperando a roupa quarar, enxaguar e secar pra poder ir pra casa com seus filhos, a comida era xerém e feijão e um pouco de farofa de carne de porco. Pra fazer o xerém tinha que pilar o milho em um pilão porque não tinha moinho. Muitas crianças morriam por falta de saúde. Naquele tempo tinha doenças como: catapora, sarampo, muita diarreia por falta de alimentação e por causa da água. Hoje já há vacinas contra todo tipo de doenças e também claro, tratamento para a água. As mulheres quando estavam gestantes não tinha pré-natal, quando tinha a criança era em casa e não em hospital. No meu tempo de criança andava de pés descalço, uma roupa batendo e vestindo, um chinelo comprava e usava só pra sair de casa.
        



CRÔNICA – 2º  Lugar da Escola Municipal José Inácio de Carvalho
Festas e Tudo Mais
         Em minha cidade, Antônio Martins, costuma-se haver festas em quase todos os meses do ano, mas as festas que mais se destacam é a do mês de junho. A galera adora principalmente os mais jovens, no auge de sua idade, querem curtir varias bandas que sempre vem em nossa cidade, também não se esquecendo das vastas barracas, de uma variedade imensa de utensílios, e claro, de produtos cosméticos.
Eu nunca fui muito de ir nessas festas, mas esse ano estava prometendo, pro isso que decidi ir a algumas. Então veio eu e minha mãe,  em várias lojas de roupas, fazer o que particularmente, todo mundo faz, comprar roupas, para que no dia de festa, poder esbanjar um estilo, estar bonito com certeza, é  essencial. Pena que, nem todos possam fazer a mesma coisa.
Em fim, estava eu, lá, no primeiro dia de festa, que aconteceu no centro de eventos, ou podemos chamar de palco municipal. Fui à festa com dois amigos, era uma bela noite, poucas nuvens, muitas estrelas, pessoas agitadas, indo e vindo, com suas motos, muitos comentando sobre a festa.
Primeiramente, eu estava na praça (que é bem perto do palco), comprei um refrigerante, e fiquei vendo o vai e vem das pessoas, muitas de fora, de cidades perto da nossa, mas grande parte da população antônio-martinense também marcava presença. Percebia que grandes partes das pessoas estavam bem vestidas, os meninos com camisas de marca, corte de cabelos personalizados, tênis com cores bem chamativas e etc. Já as meninas, tudo era mais delicado, colorido, maquiagem não faltava, calça justa, tamancos altos, chapinhas reluzentes, que era iluminada a base das luzes dos refletores. Tudo era bonito, animação não faltava a ninguém, mas faltava o principal: as bandas, que foi a atração, o chamativo de todas essas pessoas, que pareciam mais formiguinhas se movendo de um lado para o outro.
Alguns minutos depois, a primeira banda começou a tocar suas primeiras músicas, então eu meus amigos fomos pra o núcleo da festa onde estava reunido todo mundo, bem encostado ao p0ovo sentimo-nos perdidos no meio daquela multidão... em meio que o tempo foi passando, a festa foi ficando cada vez mais animada, muita gente dançando, outros bebendo, outros namorando. E nós sempre andando de lá para cá, sem nenhuma espécie de rumo, apenas só por andar.
Depois de algumas horas, a multidão começou a sair, as pessoas estavam indo embora, as altas horas já tinham chegado. Mas mesmo assim, a festa continuava alucinante, a banda era muito boa! Animava a galera pra valer.
Em certo momento da festa, já estávamos cansados, então resolvemos voltar para a praça e ficamos sentados por lá um bom tempo.
Já era quase 5 da matina, a banda já estava tocando as últimas músicas, o ritmo da festa já não era o mesmo, pessoas indo embora, todas cansadas de dançar. E assim o dia começou, clareou tudo, o primeiro dia da festa de junho já tinha passado.
Os outros dias de festa foram tão animados quanto esse primeiro, um mar de felicidade que essa cidade tão linda, minha Antônio Martins, pode sempre proporcionar a seus habitantes que por sua vez são muito hospitaleiros e que podem desfrutar de festas e tudo mais.
Autor: Matheus Soares
9º Ano 1 – Vespertino
Professora: Vânia Queiroz
A SURPRESA - 3º Lugar da Escola Municipal José Inácio de Carvalho
Em uma tarde de quarta feira, dia 22 /12/12, comemorou-se o meu aniversário. Eu não queria festa, mesmo estando completando 15 anos. Pensei em não ir à escola, mas ouvi o som da voz de uma mulher, a mesma minha mãe, ela dizia: claro que você vai, porque não?
Naquela tarde na escola, a terceira aula tinha sido vaga, e depois da à aula vaga, um longo intervalo. Voltando a sala avistei meu colega de sala e lhe pedi o caderno para responder um dever de Português, porque não havia respondido e começaria um novo assunto: “Olimpíadas de Português”. Respondendo o dever naquela tarde escaldante, onde o ventilador não mais servia. Avistei minha prima na porta, estanhando comecei novamente a copiar. 
De repente  a vice-diretora chama a professora  de Português, um amigo bate palmas sozinho e eu olho e pergunto, o que foi? Ele só ri. Volto novamente a copiar no caderno, suor pingando, a professora explicando, meus colegas badalando, e de repente: Parabéns para você nesta data querida! Vejo na porta minha mãe com refrigerantes, e minha prima com o bolo me emociono, me acalmo e entro no clima, convido a sala inteira para tirar algumas fotos. É hora de apagar as velas, cortar o bolo e fotografar o momento inesquecível. A primeira fatia de bolo vai para a professora e as outras para os amigos. E aquela tarde que seria igual a tantas outras, foi inesquecível.
Autora: Emanuela Míria
9º ano 1 – Vespertino
Professora: Vânia Queiroz

OLIMPÍADAS 2012



Seleção de textos
Categoria: Crônica
Número: 264.336
Título: SIMPLES, MAS FELIZ – 1º Lugar da Escola Municipal José Inácio de Carvalho


Recordo com saudades de quando íamos ao sítio a pé, eu e minha avó, não precisávamos de muita coisa para nos divertir, pois até os estalos dos galhos secos debaixo dos pés tornava-se divertido, o cantar dos pássaros, as folhas das árvores molhadas pela garoa da noite, o cantar dos grilos.
Eu não queria perder nenhum momento e com uma câmera registrava tudo. Até mesmo as mais simples paisagens, como os nossos passos na areia, as pequenas flores do mato, as árvores secas.
mas o que eu mais gostava era de quando chegávamos à casa de uma simples família que morava em uma antiga casinha que existia na terra de minha avó. Eles nos recebia com um simples e sincero sorriso no rosto, nos oferecia água, frutas, etc. Eles não tinham riquezas, nem luxo, mas estavam sempre felizes, com suas roupas velhas e suas peles queimadas do sol, seus móveis simples e sua casinha antiga.
isto serve de exemplo porque muitos tem de tudo, mas está sempre a reclamar, enquanto pessoas com tão pouco estão sempre felizes pelo simples fato de ter o que comer e onde morar.
Autor(a): Ana Karina Fernandes Vieira
9º Ano 1 – Vespertino
Professora: Vânia Maria de Queiroz
Seleção de textos
Categoria: Memórias literárias
Número: 277.745
Título: O LUGAR ONDE VIVO  - 1º Lugar da Escola Municipal José Inácio de Carvalho


Eu ainda me lembro daquele lugar onde eu era feliz, me lembro que havia cachoeiras que não se acabavam mais, como as chuvas, mas lembro também que participava de grupos de jovens, era uma das únicas diversões que tinha naquela época.
Mas era uma coisa que não empatava eu e minha família de ser feliz. Eu não ajudava muito em casa, porque isso era obrigação dos filhos mais velhos, eu gostava de correr e ir brincar no matagal.
Minha humilde casa ainda não tinha energia. O sítio que eu morava tinha o nome de Pé do serrote, porque era de baixo de uma serrota muito grande.
Havia lá poucos habitantes e à noite eu e toda minha família fazíamos aquilo que era conhecido como boca de noite, nós não tínhamos coisas modernas, tínhamos apenas potes com água para beber, só que era quente, tínhamos fogão a lenha, moinho e pilão, essas eram as nossas condições, mas nunca nos envergonhamos, porque aquelas eram as condições de todo mundo.
Um de nossos passatempos preferidos era ir para escola e na volta ficar escondido e disfarçando que não estávamos ali, quando íamos passando de frente as árvores para roubar pinhas e maçãs.
A data do mês em que eu e meus irmãos mais esperávamos era o dia do pagamento do aposento da minha avó, que se deslocava para cidade de Patu, e quando voltava sempre trazia coisas que para nós eram verdadeiras inovações, com: Coco catolé etc. E toda família se juntava para fazer festa.
Chegou o dia em que minha família teve que se mudar para outro sítio chamado Garrota Morta e me surpreendi com uma coisa, já havia energia elétrica.
Nesse sítio vivo até hoje, mas sei que nunca vou esquecer dos ótimos felizes momentos que passei no meu antigo lar, nem que a tecnologia alcance seu nível mais auto e que a cada dia haja novidades sempre me lembrarei do meu lar, onde me aconcheguei por vários anos, e se Deus quiser serei feliz para sempre só de me lembrar.

( Baseado na entrevista com a senhora Ivanira da Paz Lima, 37 anos)
Autor(a): Jeyquisson Thauan da Fonseca Lima
7º Ano 1 – Noturno
Professora: Ângela Maria da Silva
Seleção de textos
Categoria: Poema
Número: 260.620
Título: O LUGAR ONDE VIVO  - 1º Lugar da Escola Municipal José Inácio de Carvalho

O LUGAR ONDE VIVO
É CHEIO DE ESPERANÇA
CONFIANDO EM DEUS
CAMPO CHEIO DE BONANÇA
HOJE TUDO FAZ LEMBRAR
O MEU TEMPO DE CRIANÇA

MEU LUGAR TEM ESPERANÇA
MINHA TERRA É BONITA
QUANDO VOCÊ VAI CHEGANDO
NA PLACA ESTÁ ESCRITO
PARECE UM ARCO-IRIS
COM LINDO LAÇO DE FITA

MINHA TERRA É BONITA
VOCÊ PODE ACREDITAR
UMA CIDADE PEQUENA
MAS AMO O MEU LUGAR
TEM ESPORTE, TEM LAZER
PISCINA PRA SE BANHAR

VOCÊ PODE ACOMPANHAR
SE NÃO SOUBER EU ENSINO
QUANDO CHEGA ÀS SEIS HORAS
OUÇO O BADALAR DO SINO
TEM MIRANTE SÃO JOSÉ
TEM PRESÉPIO NATALINO

AGRADEÇO AO DIVINO
QUE É PAI E SALVADOR
AGRADEÇO O SABER
AGRADEÇO AO PROFESSOR
E HOJE GRAÇAS A DEUS
AGRADEÇO ONDE ESTOU

QUEM TEM SENTIMENTO VER
0 VALOR QUE ANTÔNIO MARTINS TEM
VENDO A POPULAÇÃO CRESCER
POR ISSO EU QUERO DIZER
QUE NÃO SOMOS RADICAIS
MAS QUEREMOS MUITO MAIS
PARA QUEM NASCE EM ANTÔNIO MARTINS
QUE ESSA CIDADE MERECIA                                                                                  SER DESTAQUE NOS JORNAIS

ESSA CIDADE É DIFERENTE
ESTÁ GRAVADA NA MENTE
PERTENCE AO ONIPOTENTE
E AOS ANJOS CELESTIAIS
DE QUEM AMA E APRECIA
ANTÔNIO MARTINS MERECIA
SER DESTAQUE NOS JORNAIS

NÃO ESTOU DESRESPEITANDO
AS CIDADES BRASILEIRAS
MAS ANTONIO MARTINS É PIONEIRA
POR ISSO ESTOU INFORMANDO
TEM MUITA GENTE FALANDO
QUE TODOS SOMOS IGUAIS
ESSA CIDADE MERECIA
SER DESTAQUE NOS JORNAIS

UM DIA A CIDADE DE ANTÔNIO MARTINS
VAI TER SEU NOME EM DESTAQUE
COMO SE ELA FOSSE UM CRAQUE
QUE ATINGIU A SUA META
A MÍDIA TODA COMPLETA
COM SEUS PROGRAMAS FORMAIS
E EM LETRAS GARRAFAIS
O SEU NOME ESCREVERIA
ANTÔNIO MARTINS MERECIA
SER DESTAQUE NOS JORNAIS

A MÍDIA NÃO QUER SABER
DA CIDADE DE ANTÔNIO MARTINS
MAS OUTRA CIDADE EU NÃO VEJO
QUE POSSA ME CONVENCER
PODE ATÉ APARECER
MAS PRA MIM SÃO DESIGUAIS
ANTÔNIO MARTINS MERECIA
SER DESTAQUE NOS JORNAIS
Autor(a): Carmelita Dantas
III Nível 2 -  EJA – Noturno
Professor: João Batista de Oliveira
POEMA - 2º Lugar da Escola Municipal José Inácio de Carvalho
O lugar onde vivo
É o lugar de se morar
Onde todos vivem em paz
Sem a ninguém perturbar
Moro na zona rural
Com meu pai e minha mãe
Que são muito legais
Vivemos em harmonia
Sem a ninguém fazer o mal
O lugar onde vivo
É pouca população
O trânsito é pequeno
E não há perturbação
O lugar onde moro
Tem comércio e plantação
Tem povo humilde
Que tem bom coração
Tem igreja, tem mine-posto
Tem colégio escolar
Tem também boa merenda
Pra os alunos merendar
Tem água encanada
Pra no dia-a-dia usar
Lavar roupa e tomar banho
E para a casa limpar
Tenho colegas pra brincar
Assisto televisão
Mas não perco tempo
Na hora de estudar
O ambiente que vive diariamente
É um ambiente pobre
Mas é muito decente
Ambiente de paz
E de povo competente
Autor: Yara Mirley
6º Ano 2 – vespertino
Professora: Matildes
LUGAR ONDE VIVO - 3º Lugar da Escola Municipal José Inácio de Carvalho
Minha cidade tem igreja
Para rezar e orar
Lá onde os noivos podem beijar
Minha cidade é meu lugar
Minha cidade tem piscina
Onde se pode nadar
Mas tem que ter disciplina
Para não se afogar
Minha cidade tem presépio
Lá tem diversão
Atrás tem um colégio
Onde se aprende a lição
Minha escola é meu lar
Onde se pode sonhar
Aqui é meu lugar
Meu futuro vou organizar
A escassez da água
Não nos tira a esperança
De ver crescer a alegria
Na nossa antiga boa esperança.
Autor: Cecília Sthefany
5º Ano 1 – Matutino
Professor: Alcino Barbosa
via;E.M,J,I,C

Vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa destacam dedicação dos professores

11/12/2012 15:34 - Portal Brasil

Competição premiou 20 estudantes e seus professores nas categorias Poemas, Crônicas, Memórias Literárias e Artigo de Opinião
  

Vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa destacam dedicação dos professores

11/12/2012 15:34 - Portal Brasil

Competição premiou 20 estudantes e seus professores nas categorias Poemas, Crônicas, Memórias Literárias e Artigo de Opinião

Após meses de preparo, entre seletivas municipais, estaduais e oficinas regionais, chegou ao fim a terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, Escrevendo o Futuro. Este ano, mais de três milhões de estudantes do quinto ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio participaram, além de quase 100 mil professores em 40 mil escolas da rede pública brasileira.
A cerimônia de encerramento foi realizada nessa segunda-feira (10), em Brasília. Dos 152 finalistas, nas categorias poema, crônica, artigos de opinião e memórias literárias, 20 levaram a medalha — cinco de cada gênero. O tema deste ano foi O Lugar onde Vivo.

Temas
Cenpec O tema da Olimpíada de Língua Portuguesa deste ano foi O Lugar onde Vivo Ampliar
  • O tema da Olimpíada de Língua Portuguesa deste ano foi O Lugar onde Vivo
Os textos dos premiados envolve uma gama de assuntos, desde temas mais sérios, como preservação ambiental e prostituição, até abordagens com humor. De Douradoquara, Minas Gerais, Roberta Oliveira Morim, 14 anos, optou por contar uma história divertida. Seus pais, sentados na plateia, choraram ao vê-la receber medalha na categoria crônica. A estudante do nono ano escreveu sobre os zurros matinais de um jumento da sua cidade. Após a medalha, Roberta espera servir de exemplo aos colegas de turma. “Eu não imaginava, mas se consegui, eles podem conseguir também”, afirmou.
Patrícia Vieira de Queiroga, 16 anos, também acredita que sua conquista estimulará os demais alunos. Vencedora na categoria artigo de opinião, ela escreveu sobre a preservação de uma chaminé em antiga fábrica na cidade de Pombal, na Paraíba. “Defendi a preservação da memória”, disse a estudante do segundo ano do ensino médio. “Não podemos esquecer nosso passado e precisamos valorizar nossa cultura.”
Com os versos “O sertanejo anseia/ Uma visita em nossa terra, Faz as honras da casa/ E ansioso espera/ São José intercede/ E o povo reza” do poema Ô de Casa?!, o aluno Henrique Douglas, de 12 anos, do município de José da Penha (RN), ganhou um dos prêmios da Olimpíada de Língua Portuguesa. O estudante contou como é ser o filho de um vaqueiro e viver no sertão nordestino.
A professora de Henrique também comemorou a vitória na premiação. Simone Bispo foi finalista nas duas edições anteriores, com medalhas de bronze e prata. Segundo ela, é no resultado positivo da competição que encontra forças para driblar os obstáculos da profissão. “É difícil. Algumas pessoas não acreditam no desempenho das crianças e alguns alunos não querem estudar. É preciso ter muita persistência e compromisso com a leitura e a escrita”, diz Simone.
Jhonatan Oliveira Kempim, de 13 anos, um dos vencedores, na categoria Memórias Literárias, foi inspirado pela comunidade indígena de Espigão do Oeste, em Rondônia, onde mora. Autor do texto O Tempo, O Chiado e As Flechas, o aluno contou como dois índios se assustaram com o chiado da panela de pressão e mataram um garotinho da região, acreditando que se tratava de um invasor.
Para Alan Francisco Gonçalves Souza, professor de Jhonatan e mais 65 alunos, a conquista “deu muito trabalho”. “Chegamos a refazer o material em sala de aula mais de dez vezes. Tivemos vários problemas, o material da Olimpíada não chegava em nossa escola, tivemos que usar o que estava disponível na internet, mas é muito gostoso, ver os alunos animados”, disse Alan, que conquistou o prêmio pela primeira vez.
Ao todo, a Olimpíada reuniu, em Brasília, 152 semifinalistas e teve a participação de quase 3 milhões de alunos do 5º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio de escolas públicas. Todos os semifinalistas receberam tablets.
Alunos e professores vencedores, de 13 estados, receberam medalha, um notebook e uma impressora. As escolas dos participantes também recebem dez computadores cada, um projetor multimídia, um telão para projeção além de livros para a biblioteca. Confira a lista dos vencedores.

Escrevendo o Futuro
A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro desenvolve ações de formação de professores, com o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras.
A Olimpíada é uma parceria do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec — Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro tem como parceiros na execução das ações o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Canal Futura.

 

sábado, 17 de novembro de 2012

Acervo de 360 obras chegará a 85,2 mil escolas no próximo ano
Terça-feira, 30 de outubro de 2012 - 10:41
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Portaria da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, publicada na segunda-feira, 29, divulga o acervo de 360 obras selecionadas para o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) para 2013. Os livros serão distribuídos a 85,2 mil unidades de ensino públicas federais e das redes de ensino municipais, estaduais e do Distrito Federal. O PNBE de 2013 atenderá 12,3 milhões de alunos do ensino fundamental e 7,4 milhões do ensino médio.



Do total de instituições atendidas, 50,5 mil oferecem matrículas a estudantes dos anos finais (sexto ao nono) do ensino fundamental e 34,7 mil a alunos do ensino médio. Serão distribuídos três acervos distintos, com 60 títulos cada um — 180 títulos no total para os anos finais do ensino fundamental e a mesma quantidade para o ensino médio.



Segundo o secretário de educação básica do MEC, Cesar Callegari, o objetivo do programa é oferecer literatura de qualidade aos estudantes brasileiros e, com isso, fomentar a leitura nas escolas. Ele reconhece, porém, a necessidade de fortalecer alguns pontos. “Nosso grande desafio é capacitar professores para que eles possam fazer esse trabalho de mediação com os alunos”, disse. “A ideia é que eles conheçam o teor dos livros e possam usá-los adequadamente, apropriando-se do conteúdo e incentivando os alunos e seus familiares a ler.”



Para o PNBE de 2013, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prevê orçamento de R$ 75 milhões para aquisição e distribuição das obras. Durante a realização do processo de avaliação, seleção e formação dos acervos, o MEC estabeleceu parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).



Incentivo — Desenvolvido desde 1997, o PNBE promove o acesso à cultura e o incentivo à leitura a alunos e professores por meio da distribuição de acervos de obras de literatura, de pesquisa e de referência. O programa avalia e distribui obras literárias em prosa (novelas, contos, crônica, memórias, biografias e teatro), verso (poemas, cantigas), livros de imagens e de história em quadrinhos. Distribui ainda periódicos de conteúdo didático e metodológico para escolas da educação infantil, ensino fundamental e médio. Conta ainda com o PNBE do Professor, que apoia a prática pedagógica dos docentes da educação básica e da educação de jovens e adultos a partir da avaliação e distribuição de obras de cunho teórico e metodológico.



O acervo do PNBE para 2013, consta da Portaria SEB nº 27, do dia 25 último, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 29, seção 1, páginas 17 a 19.



Paula Filizola

A - Ai, como é duro viver                                                                                                            
nos Estados do Nordeste
quando o nosso Pai Celeste

não manda a nuvem chover.
É bem triste a gente ver
findar o mês de janeiro
depois findar fevereiro
e março também passar,
sem o inverno começar
no Nordeste brasileiro.


B—Berra o gado impaciente                                                                   
reclamando o verde pasto,                            
desfigurado e arrasto,

com o olhar de penitente;
o fazendeiro, descrente,
um jeito não pode dar,
o sol ardente a queimar
e o vento forte soprando,
a gente fica pensando
que o mundo vai se acabar.


C — Caminhando pelo espaço,        
                                                      
como os trapos de um lençol,               
  
pras bandas do pôr do sol,
as nuvens vão em fracasso:                   

aqui e ali um pedaço
vagando... sempre vagando,
quem estiver reparando
faz logo a comparação
de umas pastas de algodão
que o vento vai carregando.


D — De manhã, bem de manhã,
vem da montanha um agouro
de gargalhada e de choro
da feia e triste cauã:
um bando de ribançã
pelo espaço a se perder,
pra de fome não morrer,
vai atrás de outro lugar,
e ali só há de voltar,
um dia, quando chover.


E — Em tudo se vê mudança
quem repara vê até
que o camaleão que é
verde da cor da esperança,
com o flagelo que avança,
muda logo de feição.
O verde camaleão
perde a sua cor bonita
fica de forma esquisita
que causa admiração.


F — Foge o prazer da floresta                                                 
o bonito sabiá,

quando flagelo não há                                                
cantando se manifesta.
Durante o inverno faz festa
gorjeando por esporte,

mas não chovendo é sem sorte,                         
fica sem graça e calado
o cantor mais afamado
dos passarinhos do norte.


G — Geme de dor, se aquebranta
e dali desaparece,
o sabiá só parece
que com a seca se encanta.
Se outro pássaro canta,
o coitado não responde;
ele vai não sei pra onde,
pois quando o inverno não vem
com o desgosto que tem
o pobrezinho se esconde.


H — Horroroso, feio e mau
de lá de dentro das grotas,
manda suas feias notas
o tristonho bacurau.
Canta o João corta-pau
o seu poema funério,
é muito triste o mistério
de uma seca no sertão;
a gente tem impressão
que o mundo é um cemitério.


I — Ilusão, prazer, amor,
a gente sente fugir,
tudo parece carpir
tristeza, saudade e dor.
Nas horas de mais calor,
se escuta pra todo lado
o toque desafinado
da gaita da seriema
acompanhando o cinema
no Nordeste flagelado.


J — Já falei sobre a desgraça
dos animais do Nordeste;
com a seca vem a peste
e a vida fica sem graça.
Quanto mais dia se passa
mais a dor se multiplica;
a mata que já foi rica,
de tristeza geme e chora.
Preciso dizer agora
o povo como é que fica.


L — Lamento desconsolado                 
                                               o coitado camponês
porque tanto esforço fez,
mas não lucrou seu roçado.
Num banco velho, sentado,
olhando o filho inocente
e a mulher bem paciente,
cozinha lá no fogão
o derradeiro feijão
que ele guardou pra semente.


M — Minha boa companheira,
diz ele, vamos embora,
e depressa, sem demora
vende a sua cartucheira.
Vende a faca, a roçadeira,
machado, foice e facão;
vende a pobre habitação,
galinha, cabra e suíno
e viajam sem destino
em cima de um caminhão.


N — Naquele duro transporte                            
                                 sai aquela pobre gente,
agüentando paciente
o rigor da triste sorte.
Levando a saudade forte
de seu povo e seu lugar,
sem um nem outro falar,
vão pensando em sua vida,
deixando a terra querida,
para nunca mais voltar.


O — Outro tem opinião
de deixar mãe, deixar pai,
porém para o Sul não vai,
procura outra direção.
Vai bater no Maranhão
onde nunca falta inverno;
outro com grande consterno
deixa o casebre e a mobília
e leva a sua família
pra construção do governo.


P - Porém lá na construção,
o seu viver é grosseiro
trabalhando o dia inteiro
de picareta na mão.
Pra sua manutenção
chegando dia marcado
em vez do seu ordenado
dentro da repartição,
recebe triste ração,
farinha e feijão furado.


Q — Quem quer ver o sofrimento,
quando há seca no sertão,
procura uma construção
e entra no fornecimento.
Pois, dentro dele o alimento
que o pobre tem a comer,
a barriga pode encher,
porém falta a substância,
e com esta circunstância,
começa o povo a morrer.


R — Raquítica, pálida e doente
fica a pobre criatura
e a boca da sepultura
vai engolindo o inocente.
Meu Jesus! Meu Pai Clemente,
que da humanidade é dono,
desça de seu alto trono,
da sua corte celeste
e venha ver seu Nordeste
como ele está no abandono.


S — Sofre o casado e o solteiro
sofre o velho, sofre o moço,
não tem janta, nem almoço,
não tem roupa nem dinheiro.
Também sofre o fazendeiro
que de rico perde o nome,
o desgosto lhe consome,
vendo o urubu esfomeado,
puxando a pele do gado
que morreu de sede e fome.


T — Tudo sofre e não resiste
este fardo tão pesado,
no Nordeste flagelado
em tudo a tristeza existe.
Mas a tristeza mais triste
que faz tudo entristecer,
é a mãe chorosa, a gemer,
lágrimas dos olhos correndo,
vendo seu filho dizendo:
mamãe, eu quero morrer!


U — Um é ver, outro é contar                          
                                  quem for reparar de perto
aquele mundo deserto,
dá vontade de chorar.
Ali só fica a teimar
o juazeiro copado,
o resto é tudo pelado
da chapada ao tabuleiro
onde o famoso vaqueiro
cantava tangendo o gado.


V — Vivendo em grande maltrato,
a abelha zumbindo voa,
sem direção, sempre à toa,
por causa do desacato.
À procura de um regato,
de um jardim ou de um pomar
sem um momento parar,
vagando constantemente,
sem encontrar, a inocente,
uma flor para pousar.


X — Xexéu, pássaro que mora
na grande árvore copada,
vendo a floresta arrasada,
bate as asas, vai embora.
Somente o saguim demora,
pulando a fazer careta;
na mata tingida e preta,
tudo é aflição e pranto;
só por milagre de um santo,
se encontra uma borboleta.


Z — Zangado contra o sertão
dardeja o sol inclemente,
cada dia mais ardente
tostando a face do chão.
E, mostrando compaixão
lá do infinito estrelado,
pura, limpa, sem pecado
de noite a lua derrama
um banho de luz no drama
do Nordeste flagelado.


Posso dizer que cantei                               
              
aquilo que observei;
tenho certeza que dei
aprovada relação.
Tudo é tristeza e amargura,
indigência e desventura.
— Veja, leitor, quanto é dura
a seca no meu sertão.

Autoria - PATATIVA DO ASSARÉ - O maior poeta do sertão nordestino.